Alegria, Amizade, Amor, Flores, Natureza, Poesias, enfim, é um Blog para perfumar a nossa alma! Uau! Sejam Bem-vindo!!!!
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Soneto (Pablo Neruda)
Soneto (Pablo Neruda)
Me falta tempo para celebrar teus cabelos.
Um por um devo contá-los e louvá-los:
outros amantes querem viver com certos olhos,
eu só quero ser penteador de teus cabelos.
Um por um devo contá-los e louvá-los:
outros amantes querem viver com certos olhos,
eu só quero ser penteador de teus cabelos.
Na Itália te batizaram Medusa
pela encrespada e alta luz da tua cabeleira.
Eu te chamo brejeira minha emaranhada:
meu coração conhece as portas de teu pelo.
pela encrespada e alta luz da tua cabeleira.
Eu te chamo brejeira minha emaranhada:
meu coração conhece as portas de teu pelo.
Quando tu extraviares em teus próprios cabelos,
não me esqueças, lembra-te que te amo,
não me deixeis perdido ir sem tua cabeleira
não me esqueças, lembra-te que te amo,
não me deixeis perdido ir sem tua cabeleira
pelo mundo sombrio de todos os caminhos
que só tem sombra, transitórias dores,
até que o sol suba à torre de teu pelo.
que só tem sombra, transitórias dores,
até que o sol suba à torre de teu pelo.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
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poema
domingo, 19 de outubro de 2014
Minha apresentação
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Cada um oferece o que transborda de dentro de si. (Augusto Branco)
Cada um oferece o que
transborda de dentro de si.
"....Cada um oferece aquilo que tem e transborda de dentro de si.
Uma parreira oferece doce fruto, uma orquídea nos oferece bela flor. Um vulcão só oferece desolamento, calor, mal cheiro e larva, e não é segredo que uma cobra peçonhenta não te oferecerá mais que mortífero veneno.
É bem verdade que podemos reunir tudo isso dentro de nós, mas lembre-se: as pessoas oferecem o que transborda de dentro de si. Quando fizeres o bem a uma serpente, não espere que ela te retribua com uma rosa, por que não é o que transborda de dentro dela.
"....Cada um oferece aquilo que tem e transborda de dentro de si.
Uma parreira oferece doce fruto, uma orquídea nos oferece bela flor. Um vulcão só oferece desolamento, calor, mal cheiro e larva, e não é segredo que uma cobra peçonhenta não te oferecerá mais que mortífero veneno.
É bem verdade que podemos reunir tudo isso dentro de nós, mas lembre-se: as pessoas oferecem o que transborda de dentro de si. Quando fizeres o bem a uma serpente, não espere que ela te retribua com uma rosa, por que não é o que transborda de dentro dela.
Quando fizeres bem a uma serpente, faça-o por que é este bem que transborda
de dentro de ti, e é justo que compartilhemos o que de bom nós temos em
excesso.Quando fizeres bem a uma serpente, faça-o por que é este bem que
transborda de dentro de ti, e é justo que compartilhemos o que de bom nós temos
de excesso.
Esse é o único pensamento e expectativa:
Dê a quem precisa, não espere de quem não tem. Isto te dará felicidade e
te privará de decepções.
E não te eximas de fazer o bem à serpente, por que algumas coisas não nos
cabe reprovar ou punir, apenas
compreender...”
(Augusto Branco)
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Poema (Mario Quintana)
O grilo procura
no escuro
o mais puro diamante perdido.
O grilo
com suas frágeis britadeiras de vidro
perfura
as implacáveis solidões noturnas.
E se o que tanto buscas só existe
em tua límpida loucura
- que importa? -
isso
exatamente isso
é o teu diamante puro!
Mario Quintana in Quintana de Bolso L&PM POCKET
no escuro
o mais puro diamante perdido.
O grilo
com suas frágeis britadeiras de vidro
perfura
as implacáveis solidões noturnas.
E se o que tanto buscas só existe
em tua límpida loucura
- que importa? -
isso
exatamente isso
é o teu diamante puro!
Mario Quintana in Quintana de Bolso L&PM POCKET
A estrelas (Poema de Olavo Bilac)
Desenrola-se a sombra no regaço
Da morna tarde, no esmaiado anil;
Dorme, no ofego do calor febril,
A natureza, mole de cansaço.
Vagarosas estrelas! passo a passo,
O aprisco desertando, às mil e às mil,
Vindes do ignoto seio do redil
Num compacto rebanho, e encheis o espaço...
E, enquanto, lentas, sobre a paz terrena,
Vos tresmalhais tremulante a flux,
- Uma divina música serena
Desce rolando pela vossa luz:
Cuida-se ouvir, ovelhas de ouro! a avena
Do invisível pastor que vos conduz...
Da morna tarde, no esmaiado anil;
Dorme, no ofego do calor febril,
A natureza, mole de cansaço.
Vagarosas estrelas! passo a passo,
O aprisco desertando, às mil e às mil,
Vindes do ignoto seio do redil
Num compacto rebanho, e encheis o espaço...
E, enquanto, lentas, sobre a paz terrena,
Vos tresmalhais tremulante a flux,
- Uma divina música serena
Desce rolando pela vossa luz:
Cuida-se ouvir, ovelhas de ouro! a avena
Do invisível pastor que vos conduz...
domingo, 12 de outubro de 2014
Põe-me as Mãos nos Ombros... (Fernando Pessoa)
Põe-me as Mãos nos Ombros...Põe-me as mãos nos ombros...
Beija-me na fronte...
Minha vida é escombros,
A minha alma insonte.
Eu não sei por quê,
Meu desde onde venho,
Sou o ser que vê,
E vê tudo estranho.
Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"Extraído http://www.citador.pt/poemas/poeme-as-maos-nos-ombros-fernando-pessoa
Beija-me na fronte...
Minha vida é escombros,
A minha alma insonte.
Eu não sei por quê,
Meu desde onde venho,
Sou o ser que vê,
E vê tudo estranho.
Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"Extraído http://www.citador.pt/poemas/poeme-as-maos-nos-ombros-fernando-pessoa
Frase do Padre Fábio de Melo
Você pode até dizer que não entendeu o que eu disse.Mas jamais poderá dizer que não entendeu como eu te olhei.
Padre Fábio de Melo
extraída do site http://frases.globo.com/padre-fabio-de-melo/pagina/3
Padre Fábio de Melo
extraída do site http://frases.globo.com/padre-fabio-de-melo/pagina/3
Estar Sozinho (Fernando Pessoa)
Estar SozinhoTornei-me um homem da multidão. Nunca confiei em mim próprio o bastante para estar sozinho. Dia e noite caminhava lestamente através das multidões, acotovelando, agarrando-me ansioso a quem pudesse. Muitos pensavam que eu era ladrão. Mas comprimia o meu corpo contra o corpo dos outros como uma criança se agarra à mãe durante uma tempestade. Procurava tapar os olhos à minha consciência como uma criança procura não avistar o relâmpago; esforçava-me por tapar os meus ouvidos mentais, como uma criança procura esconder-se no regaço da mãe para não ouvir o som dos trovões. E se houvesse uma clareira nessa multidão, apressava-me, corria, os braços esticados, ansioso pelo toque do corpo de alguém, o meu próprio corpo ansioso pelo contacto fugaz. E sempre, sempre, entre a confusão e o ruído das passadas, tremia a ouvir esses passos constantes, inexoráveis.
Fernando Pessoa - manuscrito, original em Inglês (1904-1908)(extraído do site Citador http://www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=200210111417&author=334)
Fernando Pessoa - manuscrito, original em Inglês (1904-1908)(extraído do site Citador http://www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=200210111417&author=334)
Eu
EuEu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...
Sou aquela que passa e ninguém vê ...
Sou a que chamam triste sem o ser ...
Sou a que chora sem saber porquê ...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...
Sou aquela que passa e ninguém vê ...
Sou a que chamam triste sem o ser ...
Sou a que chora sem saber porquê ...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
domingo, 5 de outubro de 2014
Dia da Criança 2014
Dia da Criança
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